Futebol de salão



Futebol de salão (também referido pelo acrônimo futsal) é o futebol adaptado para prática em uma quadra esportiva por times de 5 jogadores. As equipes, tal como no futebol, têm como objetivo colocar a bola na meta adversária, definida por dois postes verticais limitados pela altura por uma trave horizontal. Quando tal objetivo é alcançado, diz-se que um gol foi marcado, e um ponto é adicionado à equipe que o atingiu. O goleiro, último jogador responsável por evitar o gol, é o único autorizado a segurar a bola com as mãos. A partida é ganha pela equipe que marcar o maior número de gols em 40 minutos divididos em dois tempos.
Devido às proporções da área de jogo, o menor número de jogadores e a facilidade em que se pode jogar uma partida, o futsal já é considerado por muitos como o esporte mais praticado do Brasil, superando o futebol que ainda assim é o mais popular.
Desde a sua criação até à atualidade existiram diversas variantes da modalidade assim como diversas designações, cujas regras divergem em alguns pontos. Sensivelmente desde a década de 1990 que a variante da modalidade com maior dimensão e mediatismo é designada de Futsal e é disputada segundo as leis e égide da FIFA, enquanto que a modalidade disputada segundo as leis da Associação Mundial de Futsal (AMF) é designada de Futebol de salão. Existe ainda uma terceira variante da modalidade designada de Showbol (também conhecida como Futebol Indoor (português europeu)) sendo das 3, a que tem menor divulgação mundial.
História
O futebol de salão teria sido inventado por volta de 1934, pelo professor Juan Carlos Ceriani Gravier, da ACM (Associação Cristã de Moços), de Montevidéu (Uruguai), dando-lhe o nome de Indoor Football. O Uruguai, nos anos de 1930, era a grande referência no futebol, sua seleção foi bicampeã olímpica e sede da primeira Copa do Mundo de Futebol, promovida pela FIFA, sendo também a primeira seleção campeã. O futebol estava em alta nos dois países e o intercâmbio dentro da ACM's era constante.
Em 1935, os professores João Lotufo e Asdrubal Monteiro, após se graduarem no Instituto Técnico da Federação Sulamericana das ACM como secretários diretores de educação física da ACM, voltaram ao Brasil e introduziram o "Indoor Football" que passou a ser chamado futebol de salão. Por possuir características do regulamento, ainda a iniciar, o pequeno tamanho da quadra e o peso da bola, causavam muitos acidentes pela potência dos chutes.
Já no ano de 1948, passado João Lotufo para Secretário Geral da ACM São Paulo, transferiu Asdrubal Monteiro para o cargo de Diretor de Educação Física, com a proposta de que os dois resolvessem os problemas negativos da prática desse esporte, elaborando assim, um novo regulamento com elementos do futebol, hockey de grama, basquete e waterpolo.
Durante dois anos, Lotufo e Monteiro, estudaram, observaram e ampliaram as novas regras, chegando ao protótipo do esporte que encontramos hoje, ou seja, o limite de cinco jogadores e as marcações da quadra. Ao chegar a um resultado satisfatório, que justificou na publicação dessa regra em 1950, o esporte foi intensamente praticado nas ACM de São Paulo e Rio de Janeiro.
Alterando ao curto prazo. Antes das regras serem estabelecidas, praticava-se futebol de salão com times de cinco a sete jogadores. A bola foi sendo deixada mais pesada numa tentativa de reduzir sua capacidade de saltar e consequentemente suas frequentes saídas de quadra. A "bola pesada" acabou por se tornar uma das mais interessantes características originais do futebol de salão.
Em 1957 surgiu a primeira iniciativa de se uniformizar as regras do esporte, através da criação do Conselho Técnico de Assessores de Futebol de Salão, por Sylvio Pacheco, então presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD).
Devido a sua praticidade, tanto no reduzido número de jogadores necessários em uma partida, quanto no espaço menor que exigia, o esporte rapidamente adquiriu crescente popularidade, atingindo outras localidades, gerando novos torneios e conquistando adeptos em todas as capitais do país. Em 28 de Julho de 1954 foi fundada a primeira federação de desporto no Brasil, a Federação Metropolitana de futebol de salão, atual Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro[5], tendo Ammy de Moraes como seu primeiro presidente. A Federação Mineira de Futebol de Salão seria fundada nesse mesmo ano, seguida da Federação Paulista, em 1955, e das Federações Cearense, Paranaense, Gaúcha e Baiana, em 1956, a Catarinense e a Norte Rio Grandense, em 1957, a Sergipana em 1959. Nas décadas seguintes seriam gradualmente estabelecidas federações em todos os estados da União.
A respeito das divergências históricas, futebol de salão e futsal são tecnicamente o mesmo esporte, especialmente quando se leva em conta que as diferenças, nem sempre tão evidentes a primeira vista, acabam sendo ainda mais embaralhadas pelo emaranhado processo histórico que envolveu o cisma no esporte e pela prática comum nos círculos do esporte.
São 5 jogadores para cada lado incluindo o goleiro. Em relação aos tempos são 2 tempos de 20 minutos, fazendo uma partida inteira ser de 40 minutos.
O termo fut-sal foi originalmente cunhado pela FIFUSA em reação à proibição da FIFA de se usar o nome futebol por entidades que não ela própria. No entanto, acabou sendo adotado posteriormente sem o hífen pela própria FIFA, tornando-se assim associado à forma que o esporte adquiriu sob a autoridade desta entidade.
O Futebol de Salão tem como federação nacional a Confederação Nacional de Futebol de Salão, filiada a Associação Mundial de Futsal (AMF), cuja sede situa-se no Paraguai. O Futsal, por sua vez, em sua forma mais difundida hoje é administrado no Brasil pela Confederação Brasileira de Futsal, através da CBF filiada a FIFA.
Embora mantenham em comum sua essência, a criação de algumas regras diferenciadas criou peculiaridades em cada uma das modalidades: o futsal, com uma bola mais leve e com a valorização do uso dos pés adquiriu maior semelhança com o futebol de campo e ganhou maior dinâmica com novas regras que o tornaram mais ágil, como por exemplo, permitir que o goleiro atue como um jogador de linha quando ele está fora da sua área; o futebol de salão, buscando sempre preservar as regras originais, manteve mais as características de um esporte indoor, com um jogo mais no chão, reduzindo o jogo aéreo, devido ao peso da bola, com laterais e escanteios cobrados com as mãos. Dessa forma, a dinâmica do jogo em uma e outra modalidade tornou-se sensivelmente diferenciada. O fato de pertencerem a entidades diferentes, por certo deverá, com o passar do tempo, demarcar modalidades diferenciadas.
No modo dos agrupamentos políticos em torno do esporte, até o final da década de 90 o futebol de salão era administrado por uma entidade chamada Federação Internacional de Futebol de Salão ou simplesmente FIFUSA, com sede no Brasil; quando foi proposto um acordo oficialmente em 2000, pelo qual a FIFUSA se tornaria um departamento da FIFA e esta passaria a comandar o futebol de salão. No entanto, por motivos diversos a parceria não vingou, e cada entidade seguiu seu caminho. A FIFA, contudo, manteve seu projeto criando uma comissão própria da modalidade, mudando o nome do esporte para futsal, e atraindo para sua tutela federações nacionais, com a promessa de padronizar as regras e difundir o esporte pelo mundo. À FIFUSA congregou as entidades continentais relacionadas ao futebol de salão e apoiou a criação de novas. Por divergências de seus membros em 2002 a FIFUSA foi sucedida pela AMF, e acabou paralisando suas atividades em 2004. Com a AMF estão as confederações: CSFS – Confederação Sul-Americana de Futebol de Salão, FIFUSA - Federação Internacional de Futebol de Salão, UEFS - União Europeia de Futsal, CPFS - Confederação Pan-Americana de Futebol de Salão, CONCACFUTSAL – Confederação do Norte, América Central e Caribe de Futebol de Salão, CAFUSA - Confederação Africana de Futebol de Salão, CAFS – Confederação Asiática de Futebol de Salão e CFSO – Confederação de Futebol de Salão da Oceania.
Fundamentos
  • Passe: É quando o jogador passa a bola para um companheiro da sua equipe.
  • Drible: É o ato em que o jogador se utiliza da bola para enganar o adversário.
  • Finta: É o ato de enganar o adversário sem tocar na bola.
  • Cabeceio: É a ação de cabecear a bola que tem como objetivo defender ou marcar um gol.
  • Chute: É a ação de chutar a bola, quando a bola estiver parada ou em movimento, visando dar a ela uma trajetória em direção a um objetivo, seja este o gol, outro jogador ou tirá-la de jogo (existem várias formas de chute).
  • Recepção: É a ação de interromper a trajetória da bola vinda de passes ou arremessos.
  • Condução: É a ação de progredir com a bola por todos os espaços possíveis de jogo.
  • Domínio de bola: Como no futebol, usa-se os pés para dominar a bola.
  • Chute no gol: Com um dos pés, chute a bola no gol.
Posições dos jogadores
  • Goleiro/Guarda-Redes - Defende o gol de todos os ataques do adversário e também pode atacar, não podendo tocar na bola no campo de defesa do adversário.
  • Fixo - Defensor, semelhante ao zagueiro.
  • Ala (esquerdo e direito) - Trabalham a bola na lateral da quadra.
  • Pivô - Atacante, o que fica mais próximo do gol adversário.








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