As discussões em Rede Democrática !!!!


A sociedade está passando por um período muito complicado, onde expressar qualquer opinião particular nas redes sociais (Facebook, Instagram, Youtube, Twitter...) pode, a qualquer momento, gerar uma discussão desenfreada, sem respeito a ideologia política, religiosa e social de cada um. Nesta situação, desconsidera-se que o respeito é o ato de não fazer para o outro o que você não quer para si e que é direito garantido pela Constituição Federal, a liberdade de expressão, assim como é dever, garantido pelo mesmo documento, respeitar a diversidade de opiniões.

Dentro deste mundo digital e social tecnológico, estão a mercê destas discussões as nossas crianças e adolescentes. Você pode argumentar: “as crianças não usam Facebook!”. Todavia, é uma afirmação que não pode ser generalizada, pois uma análise rápida do seu círculo de convivência irá provar que muitos jovens acima de 10 anos já possuem um Smartphone ou Tablet com acesso à Internet e, consequentemente, uma conta em uma ou mais redes sociais. Ou, quando não possuem um aparelho individual, usam de algum membro da família. Não temos objeções a isso, porém, acreditamos que o uso deve ser realizado com os devidos cuidados, uma vez que, com a facilidade que crianças e jovens têm em usar estes aparelhos, com certeza irão acompanhar as redes sociais dos responsáveis, tendo acesso as discussões em grupos ou nos comentários de publicações.

Além disso, as crianças observam tudo o que se passa ao seu redor, mesmo que, aparentemente, pareçam estar conectadas somente ao que é de seu interesse (vídeos, jogos, memes, desenhos na tv, brinquedos...), são capazes de perceber e interpretar, de diversas formas, as discussões que começaram nas redes sociais e são comentadas nos diálogos familiares e casuais.

O fato é que, considerando o exemplo como modo de ensino, ao estar em contato com essas situações a criança e o jovem irão entender que este é o jeito “correto” de manifestar seus desejos e opiniões nas redes sociais. Entretanto, esta não é a nossa visão sobre a situação.

O respeito a uma opinião de satisfação ou insatisfação perante alguma situação em uma publicação deve acontecer. Para isso, os comentários, em concordância ou desacordo, devem ser realizados de forma produtiva, permitindo ganhos a todos que participam da “discussão”. É essencial imaginar que se está em uma roda de conversa, em que todos têm oportunidade para falar e estão dispostos a escutar. Por exemplo: eu gosto de andar de bicicleta para me exercitar, meus amigos em uma roda de conversa poderiam apresentar suas opiniões sobre outros exercícios físicos que são de seu gosto, tais como: caminhada, corrida, academia, entre outros, mas sem desprezar o meu gosto particular. Valorizar o exercício físico seria o foco desta situação. Poderia apresentar para eles os benefícios de andar de bicicleta, mas nunca menosprezar as atividades propostas por eles e seus ideias, ao mesmo passo que o contrário também não deveria acontecer.

Considero que o que falta para nós, cidadãos usuários das redes sociais, é uma revisão básica sobre os conceitos de viver em sociedade, entre eles o respeito ao próximo, considerando o outro um ser humano igual a mim em direitos e deveres, mas com uma cultura e entendimento diferente sobre o mundo, inclusive sobre este momento de pandemia e, provavelmente, de crise financeira no futuro bem próximo.

Deivid Lottin da Silva

Gabriele Goede

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